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Como escrever emails que convertem

Written by Cristovao Cunha | 23/jun/2016 16:25:07

As empresas sabem o difícil que é fazer crescer um negócio. A concorrência está mais feroz que nunca e sabe usar estratégias de marketing para controlar quota de mercado, gerar leads e namorá-las até fechá-las em clientes.

Por isso é necessário estar atento ao que funciona e ter o maior retorno ao investimento possível para qualquer comunicação que se faça para fora da empresa, quer seja para clientes e potenciais clientes, para líderes de opinião ou outras atividades de marketing.

Perceber como escrever emails envolventes e que funcionam é vital para garantir que as suas campanhas de email marketing corram bem.

De acordo com um estudo feito pela Symantec em 2009, 90.4% de todos os emails enviados são spam (isto em 2009).

Só por isto se percebe o quão importante que é ser seletivo sobre quem nós abordamos, e como os abordamos. Se um email não for escrito de forma pessoal, genuína e relevante, ele será tratado como spam (mesmo que não seja) por aqueles que o receberem. 

Vamos então dar uma espreitadela a cinco conselhos que sugerimos aqui na YouLead para o(a) ajudar a fazer com que as pessoas tomem uma ação mais frequentemente e se envolvam mais consigo e com a sua marca.

1. Saiba com quem está a falar

Tem de fazer o seu trabalho de casa. Investigue tudo o que puder sobre a empresa ou pessoa que quer fazer chegar a sua mensagem. No caso de ser uma empresa, saiba com quem deve falar, para não perder tempo com pessoas que não podem tomar uma decisão.

Saiba qual a função da pessoa e o que pode saber dela para ajudar a criar uma relação mais pessoal quando comunicar com ela. 

Descobrir este tipo de informação não é difícil, porque temos atualmente várias ferramentas ao nosso dispor para encontrar informação sobre empresas, líderes de opinião e pessoas de influência, como por exemplo no LinkedIn.

Não salte este passo.

As pessoas são boas a fazer primeiras impressões e a tomar decisões rápidas sobre se algo é importante para elas, e têm a capacidade de olhar na diagonal para o assunto dum email e decidir se sequer o abrem ou não. Se não existir algo de importante para o leitor no assunto e na primeira linha do email e que lhes chame à atenção, provavel que este seja ignorado.

2. Seja pessoal e relevante

É normal agências como a nossa receberem emails de pessoas que querem trabalhar connosco, e por vezes recebemos emails do género:

Assunto: Candidatura de emprego

Exmo. Senhor(a),

O meu nome é Francisco e sou uma pessoa extremamente trabalhadora etc etc etc

Estes emails são logo apagados porque não temos  tempo para responder a um email tão genérico quanto este. Esta pessoa nem se deu ao trabalho de escrever um email personalizado e que suscitasse interesse. 

Além do mais, eu não quero saber quão trabalhador é o Francisco nem estou para aí virado. Os seus leitores pensam o mesmo.

Não comece o seu email com uma introdução alongada sobre você ou a sua empresa. Ninguém quer saber do seu umbigo, nem ninguém irá ler isso.

Em vez disso, estabeleça credibilidade suficiente sobre si, mas no final do email.

O princípio do email deve ser algo que seja relevante para a pessoa que está a receber o email para que atraia a atenção da pessoa.

E é aqui que as coisas podem dar para o torto, porque se não tiver pesquisado à priori a pessoa a quem está a enviar o email e a função dela, então não saberá o que dizer.

Por isso mesmo deve evitar emails genéricos e em vez disso, escrever um email personalizado que seja apropriado para as suas circunstâncias específicas, e o que pretende como resultado desse email. 

Para mais facilmente criar uma relação com a pessoa:

  • Saiba o que eles fizeram bem
  • Algo positivo que tenha acontecido com eles ou com a empresa
  • Problemas com o website deles
  • Informação incompleta ou incorreta
  • Alguma notícia que possa lhes ser de interesse

Isto vai depender da pessoa que está a tentar estender a mão, aquilo que ela faz, e de que forma ela é relevante ou importante para os seus objetivos.

No entanto, há coisas que pode fazer para melhorar as suas hipóteses de ser lido, percebido e atendido.

E isso envolve fazer algo de valor para essa pessoa, antes sequer de a abordar.

Mencione o nome da pessoa num artigo, numa review, seja online ou offline, e publique ou promova essa referência alguns dias antes de lhe enviar um email, algo do género "Gostei bastente da entrevista que deu apra a revista X que mencionei o seu nome como expert num dos artigos do nosso blog, espero que goste."

Ou pode chamar à atenção de outra pessoa qualquer que mencionou a sua pessoa de interesse de forma positiva, para a colocar na ribalta.

3. Seja específico

Não envie um email com um pedido genérico. Expressões como "se houver alguma coisa na qual possa ajudar por favor diga" estão destinadas ao fracasso e a serem ignoradas porque não requerem ao leitor que ele ou ela tome algum tipo de acção imediata ou específica. 

Um email que envia a alguém deve ter um propósito, é como se fosse uma landing page: ambos foram concebidos para converter (ou seja, que o leitor tome alguma ação específica). 

Embora uma landing page possa ter botões de call-to-action (apelo à ação) grandes e bonitos para as pessoas clicarem, um email mais pessoal deve ser claro, mesmo que não tenha um botão.

Não faça perder tempo às pessoas, não ande com rodeios. Se quer que elas apontem um link para um artigo que escreveu, diga-lhes isso. Se elas perceberem facil e rapidamente o que você quer, elas podem tomar uma decisão (positiva ou negativa) sem estar a perder tempo.

Neste tipo de emails, peça apenas uma ou duas coisas ao seu leitor, 

4. Não lhes dê trabalho

As pessoas não são uns drones. Enviar o mesmo email a 20 pessoas diferentes pode resultar em 20 respostas diferentes. Por vezes a pessoa a que está a tentar chegar pode estar a ter um mau dia e poderá não responder de forma positiva, seja qual for a sua proposta.

Nunca terá 100% de taxa de conversão em nenhum meio de comunicação (seja landing page, emails, ou outros), mas isso não significa que não deva fazer tudo ao seu alcance para converter aquela pessoa de acordo com o que quer que ela faça. 

Por isso mesmo é importante ter isto em mente: não espere que a pessoa faça o trabalho por si.

Vamos supor que você tem um produto fantástico e quer que alguém mencione o seu produto numa das páginas deles. Em vez de dizer "Penso que isto seria uma boa escolha para o seu site", dê-lhes logo:

  1. O seu link;
  2. Um link para a página deles onde podem adicionar o seu produto;
  3. Uma sugestão onde ficaria bem o produto, o porquê e a vantagem.

Quando dá trabalho às pessoas, elas têm tendência de não fazer nada. E têm razão, porque se é você que quer o favor, é você que tem de ter o trabalho.

Quanto mais fácil e rapido for para o recipiente da sua mensagem tomar uma ação, mais alto será a sua taxa de conversão.

5. Seja credível

Com o seu email, se seguir todos os passos anteriores até agora, o seu leitor poderá estar a ponderar tomar alguma ação, mas ele ou ela também querem saber um pouco mais por detrás da pessoa que lhes envisa o email. 

É aqui então que pode revelar alguma informação sobre si, de preferência com um link ou dois para alguma fonte credível de informação.

Por exemplo, o nosso consultor sénio, Cristóvão Cunha, foi o responsável por divulgar o "correio eletrónico" em Portugal, e ao longo dos anos tem aparecido em publicações de destaque. Veja por exemplo a entrevista que deu à Markedu sobre marketing automation.

Mas isto só deve ser mencionado no fim, e não ao princípio do email, porque senão as pessoas pensam que é egocêntrico e além do mais, as pessoas estão mais interessadas em saber o que você pode fazer por elas, por isso é que os benefícios têm de ser listados primeiro no email, e só no fim fala sobre si ou a sua empresa.

Assim as pessoas vêem o que é mais importante (a ação que quer que elas tomem), e decidir se querem, ou não, ver mais informação sobre si no final do email. 

Estas são as dicas da nossa agência para criar bons emails que podem ser usados para criar relações com pessoas influentes, líderes de opinião, bloggers e outros aliados potenciais. Já usa algumas destas dicas?

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